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Por que as pessoas não andam?

Ontem eu aproveitei uma folguinha e fui ao shopping no centro de São Leopoldo (super recomendo o centro daqui, só que não) para poder ver “Detona Ralph”.

Adorei o filme. Ele é super fofo e nostálgico, mas a melhor parte dele são todas as criancinhas rindo no cinema!

Peguei a seção das 16h e quando o filme acabou o shopping estava mais cheio que formigueiro. Quando estou em lugares lotados, eu me estresso muito fácil. Tem vezes que acho vou ter uma convulsão, de tão ruim que fica o meu humor.

A questão de lugares cheios é que as pessoas não te dão licença. Andam como uma tartaruga na tua frente, como se não tivesse ninguém atrás dela. E a escada rolante então? O que as pessoas não sabem sobre elas, é que essas escadas servem para dar impulsão para você ir mais rápido (desculpa, essa é a minha concepção de escada rolante), mas se você quiser ficar parado, tranqüilo. Eu também faço isso. O problema é que extrema falta de educação ocupar os dois lados da escada! Casais de namorados fazem muito isso… Ficam de mãozinhas dadas um do lado do outro. Eu sempre rezo para que no final da escada eles tropecem e caiam de boca.

Para piorar meu dia, eu ainda tive que passar no supermercado para abastecer a minha despensa lá em casa. Naquela hora, vocês já podem imaginar: pessoas com os carrinhos de compra para lá e para cá, não olhando para onde vão, ocupando mais espaço do que deveriam, crianças chorando porque os pais não dão o que elas querem. Enfim…

Mas eu não posso reclamar muito, eu não sou um exemplo de boa educação sempre que eu saio. Ainda mais quando estou nervosa, então eu nem penso muito no que eu faço.

Saí do shopping e fui pegar um ônibus para voltar pra casa; sempre andando rápido, sem olhar muito para frente e desviando das pessoas que caminhavam devagar na minha frente, como um personagem de videogame desvia dos obstáculos (menos 10 pontos se pisar na poça da água).

Quando cheguei na parada havia um ônibus estacionado e um monte de gente entrando. Pedia licença para poder ver que ônibus era aquele, mas mesmo assim estava difícil. Optei pela opção mais fácil: pulei o banco da parada e fiz a volta para poder ver a placa do ônibus.  Não seria mais fácil ter perguntado que ônibus era? Sim, em uma situação normal seria, mas naquela hora eu estava tão estressada, tão nervosa que minha boca tremia e eu mal conseguia respirar, muito menos falar.

Não sei. Talvez a vida no centro da cidade grande não seja para mim. Eu gosto de ir ao cinema, é um dos meus passatempos prediletos e também gosto de fazer compras (quando estou desacompanhada), mas ter que, em troca disso, suportar toda essa poluição visual e sonora, toda essa gente, todos esses carros? Não, muito obrigada!

Prefiro o lugar onde eu moro, longe do centro. Tem muito verde, lugar pra tomar chimarrão a tardinha, da para respirar sem se sufocar e tenho meus amigos por perto.

No fim do dia eu estava me sentindo como o Ralph, querendo detonar tudo.

OBS: Uma senhora disse para eu não ter tanta pressa e apreciar a beleza da cidade. Não sabia se ria da cara dela ou se mostrava a língua. Sorri e sai caminhando rápido.

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